Tempo de carreira garante estabilidade no emprego?

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Introdução

O mercado de trabalho está se modificando. Permanecer durante muito tempo em uma mesma empresa não significa mais estabilidade e emprego garantido até a aposentadoria. As empresas contemporâneas estão buscando, cada vez mais, colaboradores que demonstrem serem flexíveis e capazes de se adaptarem às mudanças. Afinal, é bom  permanecer muito tempo em uma mesma organização? O que as empresas esperam dos profissionais atuais e do futuro?

Justificativa

Entender o que as empresas buscam e esperam dos profissionais atuais pode trazer vantagem e segurança para as pessoas que estão inseridas no mercado de trabalho. É necessário saber quais características as organizações da sociedade do conhecimento estão exigindo de seus colaboradores, quais comportamentos podem trazer estabilidade para um profissional de 50 anos, quais experiências e formações podem ser diferenciais em mercado tão concorrido e se o tempo de trabalho em uma mesma organização será benéfico ou não.

Desenvolvimento

Muitos profissionais têm perdido seus empregos depois de “quase uma vida” prestando serviços para uma mesma empresa. O que tem levado as organizações a demitirem profissionais que lhes foram úteis e fiéis durante anos? A resposta para essa pergunta, se olharmos a situação de maneira superficial, será ingratidão ou ganância. Pode ser que em alguns casos esse seja o motivo, mas na maioria das vezes, se a situação for analisada profundamente, será percebido o real motivo de muitas dessas demissões. A sociedade tem passado por inúmeras mudanças, principalmente tecnológicas, que têm feito com que as empresas tenham que se adaptar para continuarem competitivas. Para se manterem no mercado, essas empresas precisam buscar inovações e atualizações que devem ser implementadas e absorvidas pelos seus colaboradores. Mas nem todos os funcionários têm aceitado ou conseguido acompanhar essas mudanças. Inclusive, algumas dessas mudanças têm conflitado com a cultura organizacional e com a cultura pessoal de alguns colaboradores. Sem opção, isto é, ou implanta as mudanças ou perde mercado e vai à falência, muitas empresas têm realizado um trabalho de conscientização interna para inserir as modificações de maneira tranqüila. Mas nem sempre essa conscientização surte efeito, o que tem levado os departamentos de recursos humanos a realizarem demissões, principalmente, de pessoas com mais tempo de carreira, pois não possuem flexibilidade e capacidade de adaptação suficiente para absorverem as novas demandas exigidas pela sociedade do conhecimento.

Os processos de seleção têm buscado profissionais multidisciplinares, que possuam experiências em várias áreas do conhecimento, que saibam inglês e outro idioma, que tenham passado um tempo fora do país, que possuam espírito de equipe, e principalmente, flexibilidade e capacidade de adaptação às mudanças. Mas será que é necessário ser jovem ou ter passado por várias empresas para possuir essas características e manter o emprego? A resposta é não. As empresas não têm perseguido os funcionários mais velhos para substituí-los por mais jovens. As empresas têm buscado profissionais que estejam em constante processo de atualização, que possuam uma visão holística e que estejam preparados para as mudanças, ou ao menos dispostos a enfrentá-las.

Conforme Laerte Cordeiro, Diretor da Laerte Cordeiro & Associados, “A empregabilidade é importante, mas a vontade de mudar é mais. Sem ela não há empregabilidade alcançada” (SANCHES, p. 3).

Conclusão

Quando o profissional faz bem o seu trabalho e possui competências compatíveis com as exigências da empresa e da sociedade do conhecimento, este não ficará sem emprego somente porque sua idade está avançada ou porque permaneceu muito tempo na mesma organização.

Não será o tempo de carreira, permanência ou rotatividade em empresas que fará um profissional melhor do que outro, e sim, a sua disposição para possuir e aplicar, em prol da organização, todas as competências necessárias para a boa realização de suas atividades, principalmente, quando se deparar com mudanças capazes de aumentar a vantagem competitiva da empresa em relação aos seus concorrentes.

Referências bibliográficas

SANCHES, Cristina. Quanto vale sua experiência? [S.l.: s.n.]. Disponível em: < http://moodle.fgv.br/Uploads/GRHEAD_T0057_0311/B96_531_quanto_vale_sua_experiencia.doc>. Acesso em: 06 de novembro de 2011.

 Postado por: Ricardo Mendes
www.gestaoporcompetencias.com.br 

Categoria: Artigos

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